Como é que estou, querida? Estou bem, não posso dizer que
continuo o mesmo porque eu sou um ser humano mutável sabes como é, com muitos
outros dentro de mim; que se transfigura semestralmente ou trimestralmente…Lembras-te daquela parte do filme: “Uma mente brilhante”, em que o Russell
Crowe se coloca atrás da Jennifer Connelly e, agarrando-lhe pela mão, lhe
mostra como desenhar figuras imaginárias apontando um céu coberto de estrelas
mágicas? Já consigo fazer isso. Antigamente não percebia bem a segmentação que
se falava, onde se encontravam figuras naquele emaranhado de pontos brilhantes
- que por vezes surge. Agora consigo fazê-lo. De resto, continuo a gostar da
noção de que os campos da minha mente se estendem, e que limites intelectuais são
ultrapassados. Os momentos que também tu aprecias e designas como “conversas
agradáveis”. Continuo a sentir saudades dos teus beijos, independentemente do sítio
de mim que foi alvo desses mesmos beijos, com lábios carnudos, vindos de ti. Magnificência
dos meus olhos, que estes não conseguem largar; Doçura dos meus dedos
percorrendo a tua pele lisa, branca. Amor da minha vida, cá estou. Esperando
por ti. Com medo de que algum dia possa desenhar figuras no céu estrelado
contigo. Já imaginaste eu colado a ti? Tu sentindo o meu coração a bater, abarcada
pelo meu abraço; eu sentindo o teu calor extremoso, com a minha cabeça pousada
no teu ombro, em contacto com a tua face bela, assombrosa de tão bela.
Beijos, do teu João.
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