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segunda-feira, 20 de julho de 2015

Diário 20:07:2015



Como é que estou, querida? Estou bem, não posso dizer que continuo o mesmo porque eu sou um ser humano mutável sabes como é, com muitos outros dentro de mim; que se transfigura semestralmente ou trimestralmente…Lembras-te daquela parte do filme: “Uma mente brilhante”, em que o Russell Crowe se coloca atrás da Jennifer Connelly e, agarrando-lhe pela mão, lhe mostra como desenhar figuras imaginárias apontando um céu coberto de estrelas mágicas? Já consigo fazer isso. Antigamente não percebia bem a segmentação que se falava, onde se encontravam figuras naquele emaranhado de pontos brilhantes - que por vezes surge. Agora consigo fazê-lo. De resto, continuo a gostar da noção de que os campos da minha mente se estendem, e que limites intelectuais são ultrapassados. Os momentos que também tu aprecias e designas como “conversas agradáveis”. Continuo a sentir saudades dos teus beijos, independentemente do sítio de mim que foi alvo desses mesmos beijos, com lábios carnudos, vindos de ti. Magnificência dos meus olhos, que estes não conseguem largar; Doçura dos meus dedos percorrendo a tua pele lisa, branca. Amor da minha vida, cá estou. Esperando por ti. Com medo de que algum dia possa desenhar figuras no céu estrelado contigo. Já imaginaste eu colado a ti? Tu sentindo o meu coração a bater, abarcada pelo meu abraço; eu sentindo o teu calor extremoso, com a minha cabeça pousada no teu ombro, em contacto com a tua face bela, assombrosa de tão bela.

Beijos, do teu João.   

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