Chegou a hora de falar sobre a CG. Não existe palavras ou forma que, com
a exatidão que é exigida a algo tão relevante, conseguiam quantificar
ou definir o quanto a sua amizade enriquece e eleva a minha vida. E
claro, como em todas as relações que temos, a origem de toda esta
importância está na empatia que temos um pelo outro. É fácil olhar para
ela, estar com ela, falar com ela, com ou sem palavras. Olhares,
sorrisos, expressões não tão claras assim, entendo-as todas ou quase
todas, pois no final de contas, é como se estivesse a olhar para o meu
próprio reflexo a maior parte do tempo. Partilhamos muitos ideais e
gostos, temos tendência para valorizar e desprezar as mesmas pessoas,
pois até nas qualidades e princípios que apreciamos e procuramos nos
outros existe consenso. Com ela sou sempre genuinamente ridículo,
descarado e inesperado, pois ela em vez de me criticar ri-se como se
fosse uma criança. Acho orgulhosamente que represento para ela
honestidade, lealdade e sagacidade.
No entanto, se existe dia tem
que existir noite. E na complexidade daquilo que eu sou e daquilo que
és, apesar de tanta cumplicidade, acredito solenemente que no fundo
somos criaturas diferentes e isso muitas vezes mostrou-se em discussões e
desacordos.
Como disse, talvez não consiga definir o quanto a tua
amizade representa para mim, mas tenho a certeza que uma das coisas que a
torna tão valiosa é esta mesma diferença no meio de tantas semelhanças.
É que, não me parece que travar conhecimento com uma pessoa demasiada
parecida comigo traga grandes vantagens. Se não puserem em causa aquilo
que sou com pontos de vista diferentes como ei-de crescer? Como poderei
formar equipa com alguém que tens as mesmas virtudes que eu? …
Assim, o quer que aconteça daqui para a frente, para mim, seremos sempre binómios.
Para a CG, do óbvio amigo João.
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