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segunda-feira, 15 de junho de 2015

Poema 16-06-2015



Imaginem as noite frias de agora, imaginem que fumam um cigarro, e que chega a altura que o olham ao pressentirem o final da sua vida. Então atiram-no fora num gesto rápido. Vou contar-vos duas frames, frações, consecutivas da minha história de amor usando uma fração metafórica de 2, desta pequena história que vos fiz imaginar. Vou vos dar "o que me aconteceu", e depois "a razão de ter acontecido".  
Lembram-se do cigarro que atiraram dentro de vocês, pelo vosso cérebro, pela vossa idealização? 
Pois, ele esmoreceu pelo vento e pelo frio, ardendo ainda, resistindo arduamente. Mas depois de algum tempo extinguiu-se pelas vicissitudes da vida. Pela vontade rígida e inflexível da natureza traçando o seu curso, indicando o seu caminho.
Foi assim a minha curta e verdadeira história de amor, quando cheguei à vida adulta o meu coração era já apenas um amontado mirrado de células.
….
Lembram-se de estarem na vossa varanda a fumar o cigarro? Enquanto o fumaram aproveitaram-se das suas componentes químicas para os mais estranhos caprichos, nascidos das raízes da fraqueza humana. Depois de desfrutarem dele e da sua substância, atiraram-no quando ele já não tinha essas componentes. Foi assim que fizeram com o meu coração, e esta é a razão de ele ter mirrado.         

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