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domingo, 8 de março de 2015

POST ITS

1.

Eu sei que os nossos caminhos são paralelos. Mas quem me dera a mim, ainda assim, poder abraçar-te. Porque afinal, eu adoro-te tanto...
Como o simples facto de te dar a mão era para mim algo tão fantástico, tão maravilhoso.
Estar simplesmente perto de ti, ver-te feliz e a sorrir. A sorte de poder observar-te.

2.
Se  te amo? Claro que amo! Amo-te! E sempre te amarei! E nem na mais terrível das situações, em que me encostem um revolver na têmpora, e os meus olhos se toldem de medo e de desespero eu vou parar de te amar. Porque não depende de mim destruir esse laço, esse laço sou eu no fundo, eu sou essa ligação. E essa ligação é a única coisa que me prende à vida, que me faz querer viver. Porque afinal, é o amor que transcende o humano e a sua alma, e que torna a substância em algo divino, multidimensional, multiuniversal.
Mas amar não é fácil, não é como aqueles poetas mascarados que só escrevem merdinhas bonitas sobre o amor, como se tudo fosse mel. Escolhendo assim: ou ser hipócritas, porque já terem vivido o amor, e conhecendo-o como ele é, o descreverem duma outra forma, num discurso populista e vendido (impuro); ou são ingénuos e sempre tiverem relações ocas (o que me parece estatisticamente improvável), porque eles próprios são ocos, e ser oco é não perder tempo nenhum a olhar para dentro de si para ter a coragem de assumir algo com alguém que realmente nos transcenda, e nos faz tremer de cada vez que essa pessoa nos responde a uma sms. Falo da diferença entre ser realmente feliz ou ser realmente triste, mas viver! 

3.
Posso te foder no chão desta vez? 

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