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segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Na terceira pessoa é mais fácil!





Acho que no fundo tentei ser normal.
Por um momento na minha vida, o João, esticou-se em toda a  capacidade de extensão da sua alma, para  alcançar o sonho gigante de pelo menos sentir uma metade, de uma fração minúscula, do que é isso de amar.
      Ouviu histórias, pessoas que lhe descreveram, que morriam para  sentir "aquilo" de novo. Ele viu a expressão desse sentimento através de corpos. Mas e as almas que comandavam esses corpos? O que é que nelas estava escrito? Não sabia, nunca poderia saber, porque a resposta não era uma questão de lógica ou até de imaginação (ele tinha muita).  Estava no inexplicável do sentir, na eternidade infinita dos caminhos traçados nas estrelas.
     O João desejou realmente desta vez, desejou mesmo, tentou tudo, e apostou alto mesmo com as cartas inúteis que achou que tinha. Murmurava muitas vezes a si mesmo, palavras corajosas, que falavam sobre um tal tesouro da sua vida que havia encontrado, aquilo que sempre estivera à procura!( Mas que não sabia.)  Ele tinha descoberto o que queria!  O que o iria sempre inspirar pela vida fora, em manhas causticas de gelo, em tardes serenas e espaçosas de verão. O seu propósito, a sua razão de existir!
                FIM?
               
                a) Acredito, agora, através de uma luzinha minúscula que ilumina quase inútil, nas trevas de mim, como um pequeno chapéu em dia de ventos e chuvas fortes. Que amei um pouco.  E recordando, pareceu-me que dia após dia ia percebendo esse desejo imenso e intenso que nos arde por dentro, que nos deixa um sabor inesquecível e teimoso na boca, na língua, de querer alguém, de morrer por alguém. Foi dia após dia - e agora estou a ter mais certeza , e é mais coisa absoluta à medida que escrevo -  que o meu entendimento acerca do amor foi crescendo. E como era bom ter essa compreensão, essa perceção! Vê-la crescer com uma criança pequena.
    Mas acredito também que quando a centelha que iluminava este adubado entendimento estava prestes a deflagrar/explodir como que o seu rastilho se apagou e tudo caiu como estrutura ilusória, que era afinal de cartas…   

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