Dia 28-08-2013
[...]
-Tu és mesmo idiota, às vezes...eu afasto-me
precisamente pelo contrário! Por gostar tanto de ti -Repliquei-lhe eu.
Vi no seu olhar encantador e ávido, dúvida,
pela primeira vez naquela discussão. E mesmo naquela confusão de ataques e de
insinuações, num ambiente cada vez mais nebulado por fortes emoções, não deixei de sentir deslumbramento pela
sua bela face: pelo seu olhar, pelos cabelos finos e dóceis, pelos seus lábios
carnudos.
-Julgas que não era mais fácil...-um fogo de raiva
escalou-me o coração e ardeu-me pelas veias num surto repentino- não gostar de uma
pessoa como tu! Livrar-me de ti de uma vez por todas? E ser finalmente...livre.
Noutro dia, eu e uma rapariga de quem eu gosto muito, combinámos ir sair, se tu
soubesses o quanto eu fiquei feliz por aquilo ter sucedido. E tu desapareceste como
fumo dos meus pensamentos, finalmente deixei de ver a tua figura em tantos sítios
e de ouvir a tua voz nas paredes e nos objectos nostálgicos. Até ao dia a
seguir, à noite, quando eu não conseguia dormir, lá surgiste tu outra vez! Como se de sonho se tratasse. E
lá comecei eu a lembrar-me de todos os bons momentos outra vez, e de quanto eu gosto
de ti...E falas-me tu de inferno e de sinais da vida e do destino.
[...]
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