Número total de visualizações de páginas

domingo, 8 de março de 2015

Descobri. Foi aos 24 anos. 10-02-2015



Foi ao estar a entrar para a casa de banho que, aos 24 anos, me apercebi que me tenho culpado por tudo o que aconteceu. A cadeia de pensamentos, até interessante, foi a seguinte: Estava a recordar-me daquilo que classifiquei como um erro, num desafio académico recente, parecia já pronto para me culpar sem indulgência como me é hábito, quando me surgiu, imediatamente e através de um mecanismo que suspeito que vêm com a maturidade (idade), uma série de argumentos em minha defesa, como que se erguesse um escudo contra a minha vitimização persecutória, a minha escrupulosidade nojenta do  meu criticismo e rigidez excessivos... a dramatização  criada por mim e contra mim. O efeito repercutiu-se no meu pensamento já consciente. Pois na altura em que abri a porta do meu quarto para ir à casa de banho, não tanto por vontade mas por a moleza de fazer um intervalo e interromper o estudo, não tinha planeado pensar em falhas em exames nem em coisa nenhuma! Mas parece que o meu subconsciente sim, e estimulou o que veio a seguir:

Comecei a pensar em culpa. Nesta aparição de auto-subsistência, nova na minha maneira ser.  E pronto,.... lembrei-me de nós, continuo a sentir muito a tua falta. De estares comigo, conversares comigo. Poder contar-te tudo, mostrar tudo o que sou, sem repreensões, sem restrições de não ser entendido. Obrigado, por me teres mostrado que existe alguém como tu, capaz de me alcançar, até no mais fundo de mim, nessas, por vezes, profundezas obscuras e negras! E tenho feito tanto mal que nem imaginas.  Sinto a tua falta. Será que tenho razões para me sentir culpado? 

De resto tenho vivido nesta casa que apenas se pode encher de personalidade e alegria de espírito dentro da sua humildade de materiais físicas, constituintes de uma casa que se chame casa.       

Sem comentários:

Enviar um comentário