Ah! Este meu lado criativo! Que envolve um criticismo
invejoso e absurdamente aguçado onde cada vez que sou impelido pela gula do meu
sentido visual e me encontro, por exemplo, a contemplar um quadro, uns desenhos
animados que sejam, o meu orgulho artístico desperta para me vergar, para que eu próprio pegue naquela
ideia daquele quadro ou de qualquer outra coisa, e crie a partir dali! Algo
novo; Algo só meu! Retirando do meu cérebro, das minhas mãos, uma coisa única que vem nova para o mundo.
Até que
ponto única? Sabendo que as ideias da pessoa que criou o quadrado (seja este o
exemplo) estão associadas a uma ou mais figuras significativas em que os seus
olhos pousaram, talvez outros quadros até, de outros artistas. E de onde vieram
as ideias desses artistas?
Imagens, figuras pesadas, profundas, enigmáticas que se
retêm no nosso cérebro porque albergam com elas o entendimento tácito de nós
próprios. Quanto mais nos vemos nelas mais elas se entranham nas tripas do
nosso ser e por lá permanecem até que a gente as vá buscar para desenhar ou quadro ou até escrever...
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