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quinta-feira, 17 de julho de 2014

Descobrindo-me: Parte 1




"Que se foda…" aquela frase dele, ainda me vai ressoando no pensamento há medida que a nicotina abraça o meu corpo e o relaxa. Já não fumava há quatro meses. Este individuo desperta partes de mim que a rotina sem extremos ou radicalismos faz a alma esquecer. 
 Prespectivas de encarar a vida, entre mim e ele, chocam. Ferve-me o raciocínio sentimentalista. Sinto um fogo de vontade à arder dentro de mim agora, nesta tarde pacífica e de calor pachorrento que é o contrário do que sinto. 
Todo o interior é me um organismo vivo, apesar do meu corpo permanecer quieto e debruçado sobre a mesa do bar. 
Quero viver, quero arriscar a minha vida, quero o que é drástico e despropositado de raciocínio mas que liberta as amarras da mente mostrando-lhe os horizontes (in)alcançáveis. Quem sou? O que é que consigo fazer? Até onde consigo chegar? Quais os meus limites?
Dou um gole de cerveja. E mando um trago no cigarro.
Não sei, não me conheço suficientemente bem. Ainda não foi desafiado até aí. Ainda não me desafiei.
-Então tu gostas daquela menina…
Este fim de semana quero ser "foda", vou ser "foda" este fim de semana…
-…sim senhor…esta bem! - Diz ele espontaneamente parecendo seguir a linha do meu raciocínio que me fez declarar a minha simpatia por o físico da mulher dos olhos azuis transcendentes, na nossa linha de vista.
Abre uma mini num "pop" desses que faz rodar pescoços, agrada-me a atitude diferente de zombaria, e sorrio.
Conta-me ele pela forma como se expressa e pela forma de ser, como realmente vive a sua vida. E eu sei que é verdade. Mas também me vai contando a história sobre como deslocou um osso do braço, enquanto mostra o osso saído. Não me causa impressão.    

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