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terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Diário de Bolso 2014



Parte 1

O João Pedro encontrou-se quando a encontrou. Acho que é isto. Acho que esta frase diz o que preciso e quero dizer. Não sei muito bem explicar. A veia de sonhador julgo que sempre a tive, e não foram as quedas de criança, esses objetos longínquos, ou os traumas da adolescência, esses objetos não tão longínquos assim, que serviram como rampa de lançamento para um caçador de sonhos pessoais com virtude. Foi eu! Sou eu! É natural em mim! Procurar, caçar sonhos, como se de borboletas se tratassem!
"Mas onde está a realização desses mesmos sonhos?", pergunto-me à luz da cabeceira do meu quarto com uma dor pontiaguda e a querer deflagrar do meu estomago, teimando em interromper o meu raciocínio.
Não está…aí reside a terrível questão. Porque nem sempre soube quem era. Na infância era caçador de sonhos como todos os outros e passou despercebida a virtude (/particularidade?). Na adolescência perdia(?). Porque afinal os traumas de adolescência, as questões umas atrás das outras em ciclo, em que não existe uma interpolação de uma verdade sobre mim mesmo levava-me a impossibilidade de me cercar de verdades absolutas como os sábios - como que, me escondendo entre muralhas de conhecimento. E assim danificado, esquecido dessa minha vantagem - e agora que tive de classificar de novo esta minha característica NATURAL , tenho a certeza que sim, que é vantagem - encontrei-me de novo.
"Como?"
 Pergunto-me, agora com a ajuda do efeito do chá que me trouxeram com zelo,  sobre a dor digestiva.
Fácil. Reconheci-me a mim mesmo na minha  cara metade. Reconheci-me/Encontrei-me/Identifiquei-me/Autentiquei-me.
E agora tenho alguém com quem sonhar.
(E aproveitar esta qualidade NATURAL reencontrada dentro de mim!)


  

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