Por vezes
vêm-me uma súbita vontade, não propriamente relacionada com o pecado, de me
revoltar e alcançar os extremos daquilo que é físico e mental. Quero
alcançar os meus limites através de momentos de cortar a respiração, através da
entrega total da mente e do corpo. Pode surgir a verosimilidade de que as
minhas atitudes são um meio de procurar o sofrimento e, supostamente, a autodestruição.
Mas não é nada disso assim tão simples, é mais profundo e também não engloba apenas uma sequência lógica de pensamento. É uma encruzilhada de raciocínios no fundo, várias partes de mim a soerguerem-se e a subjugarem outras na maior parte do tempo. Eu não procuro o sofrimento, pelo menos diretamente, eu
procuro é sentir. Mas sentir mesmo, como se fosse ar que respiro e que me percorre os pulmões imundando-os de luz, alimentando-me a mente e todo o corpo com uma vivacidade e uma felicidade de tal forma completas, que para mim, até aquele momento, era de existência impossível tal força, tal paixão...e tudo se grava a tinta no livro da minha memória onde está tudo o que é inesquecível- inclusive caras e belos sorrisos.
Que tudo em mim sofra e que tudo em mim seja castigado se por tudo isso poder sentir aquele sentimento ainda por arrefecer sobre o qual já vos falei e que recordo tão...E agora que escrevo isto, penso inevitavelmente no amor, essa coisa tão intrínseca e pretendida por todos. Mas a forma como eu a olho, olho-a talvez através ou da mesma forma que uma outra pessoa. E ao pensar na forma como essa pessoa a vê (pressupondo que será igual ou algo parecida com a minha), penso: "Têm que ser difícil, têm que existir sofrimento, afinal não é a melhor coisa que uma pessoa pode sentir! È o amor, é disso que estamos a falar!!"
"E no fim?".
"Tudo ficará bem. Tudo o que há de bom sentirei..."
Que tudo em mim sofra e que tudo em mim seja castigado se por tudo isso poder sentir aquele sentimento ainda por arrefecer sobre o qual já vos falei e que recordo tão...E agora que escrevo isto, penso inevitavelmente no amor, essa coisa tão intrínseca e pretendida por todos. Mas a forma como eu a olho, olho-a talvez através ou da mesma forma que uma outra pessoa. E ao pensar na forma como essa pessoa a vê (pressupondo que será igual ou algo parecida com a minha), penso: "Têm que ser difícil, têm que existir sofrimento, afinal não é a melhor coisa que uma pessoa pode sentir! È o amor, é disso que estamos a falar!!"
"E no fim?".
"Tudo ficará bem. Tudo o que há de bom sentirei..."
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