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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Onde está o João?


Por vezes, tenho o desejo sincero de morrer...
Percorro  ruelas e dobro esquinas, tentando despistar a vergonha que me persegue furtivamente.  A sensação terrível de humilhação, sobe o meu corpo como uma sensação de formigueiro que tento afastar por tudo, cometendo o impraticável, escondendo-me em sensações que surgem-me como notícias e que vou colecionando.
                Em certos momentos, completamente aleatórios de tempo, vem-me uma desolação  amarga. Esta cai sobre mim da mesma forma que o frio chega até ao meu corpo, sinto-a como gelo que arde no meu coração e que vai anielando todo o meu animo minuto após minuto, hora após hora, dia após dia, surgindo ainda como viva nos meus sonhos de utopias, quando finalmente consigo adormecer.
                É envolvido sobre um cobertor de desespero para com a desolação cáustica,  que me repugna o que vejo ao espelho, e não deixo de achar interessante o caos que constitui o meu pensamento bipolar. Que faz com que a minha autoestima mude como muda a grossura das gotas nestes dias de inverno.
                Existem manhãs que não deixo de contemplar o meu olhar vazio. E já não encontro nos meus olhos, aquele brilhozinho especial, aquela vontade de viver inabalável. A minha vida  surge-me naqueles olhos, que podem demonstrar tanto, que já demonstraram tanto! E é nesse instante que entendo que eu estou perdido......
                "Onde está o João?"  

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