Por vezes, tenho o desejo sincero de morrer...
Percorro ruelas e
dobro esquinas, tentando despistar a vergonha que me persegue furtivamente. A sensação terrível de humilhação, sobe o meu
corpo como uma sensação de formigueiro que tento afastar por tudo, cometendo o
impraticável, escondendo-me em sensações que surgem-me como notícias e que vou
colecionando.
Em
certos momentos, completamente aleatórios de tempo, vem-me uma desolação amarga. Esta cai sobre mim da mesma forma que
o frio chega até ao meu corpo, sinto-a como gelo que arde no meu coração e que
vai anielando todo o meu animo minuto após minuto, hora após hora, dia após dia,
surgindo ainda como viva nos meus sonhos de utopias, quando finalmente consigo
adormecer.
É
envolvido sobre um cobertor de desespero para com a desolação cáustica, que me repugna o que vejo ao espelho, e não
deixo de achar interessante o caos que constitui o meu pensamento bipolar. Que
faz com que a minha autoestima mude como muda a grossura das gotas nestes dias
de inverno.
Existem
manhãs que não deixo de contemplar o meu olhar vazio. E já não encontro nos meus
olhos, aquele brilhozinho especial, aquela vontade de viver inabalável. A minha
vida surge-me naqueles olhos, que podem
demonstrar tanto, que já demonstraram tanto! E é nesse instante que entendo que
eu estou perdido......
"Onde
está o João?"
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