Hoje só
me apetece despedaçar tudo.
Antes
de acontecer o que aconteceu, preocupava-me o presente, o futuro. Divagava sobre os acontecimentos que
passaram, sobre os acontecimentos que poderiam ou não chegar. Ponderava todas
as decisões face à minha vida, o que me causava um desassossego que me mantinha
muitas noites acordado a divagar.
Mas depois
do que aconteceu, durmo absurdamente bem. Que preocupações poderia alguma vez
ter um homem na minha condição? Sem nada.
Mas
hoje perdi tudo isso. Estou preocupado e começo a desenvolver a capacidade de
sentir. Tudo me soa com uma ato de traição do destino que me rouba a minha
estimada indiferença! Aquela que me faz correr riscos sem que exista uma única célula
de preocupação dentro do meu ser.
Vêm-me uma
sede de vingança por parecer ter entrado numa qualquer partida de mau gosto, elaborado por aqueles(as) que tricotam o meu destino,
onde me dão algo para depois me tirarem.
E é
neste momento que me ocorre. Enquanto estudava todos os males de me encontrar
neste estado. Os ciclos intrínsecos. Os ciclos intrínsecos e repugnantes do ser
humano. A obrigação inexorável de sentir, a obrigação (inexorável!?!) de
sofrer.....
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