Sinto-me tão zangada contigo, às vezes! A única coisa que eu
queria era amar-te, desde o inicio, apenas quis amar-te. Que me trates mal, que
eu te trate mal, tudo bem! Mas no final, eu amo-te, chego a casa e amo-te toda,
és toda minha. Ser te fiel? Respeitar-te? Claro que sim, absolutamente, é tudo
mas mesmo tudo aquilo que eu quero nesta vida. Cuidar de ti, antecipar as todas
vontades, os teus desejos; surpreender-te! Fazer-te sentir muito mulher, ao abrir-te
a porta do carro, ao dar-te rosas, ou dizer-te que estas:" muito bonita,
hoje"...ou senão dar-te aquele carinho, aquela mão quente que pousa na tua
anca e que se move em harmonia com o teu corpo, como se fizesse parte dele e te
dá tesão. A transmissão de pensamentos no olhar, claro que sim. Levar-te a
comida à cama? Claro que sim. Abraçar-te para adormeceres? Sempre!
Não te vejo. É como se eu ao imaginar o sitio onde teria
esta conversa contigo, eu fosse tu, e me visse a mim mesmo, a olhar-me de testa
franzida, de sobrancelhas a convergir, com raiva e amor, muito amor ao mesmo
tempo. Está escuro, quase noite, mas ainda se vê lá todas as coisas. E o vento não
está forte, mas existe, e é de alguma maneira frio. Porquê este cenário?
Porque o meu subconsciente diz: Tu sempre, mas sempre
destruíste tudo, sua idiota!
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