04-11-2012
Fragmentos de diário
Primeira Parte: Coração
...
(Alter ego)
Não o tens! Não o podes ter!! Jamais!!
A lógica e o raciocínio são as armas que tu tens, e se as
tens, podes fazer este raciocínio abominável, grosseiro e desprezável:
Se não sentes, então esse órgão - o coração - perde todo
aquele poder que metaforicamente lhe dão, acabando por coexistir metafisicamente
com a tua alma como um pedaço de carne cinzento.
Mas então surge aquele ceticismo que te atormenta nestas
horas noturnas, em que cismamos juntos sobre o viciante sabor da nicotina e
viajamos tal e qual almas separadas e de amizade intrínseca.
Não sentes, perdeste como um infeliz - talvez diriam alguns,
outros - a capacidade de sentir devida à dor de uma vida inumana?
Ou existem sentimentos subjacentes, espreitando a oportunidade que a tua condição mais humana lhes dá, para vir à superfície atormentar-te. Debaixo daquele limiar que separa o sentimentalismo do racionalismo e da frieza que emposte a ti mesmo. Ou que a tua vida te impôs?
Ou existem sentimentos subjacentes, espreitando a oportunidade que a tua condição mais humana lhes dá, para vir à superfície atormentar-te. Debaixo daquele limiar que separa o sentimentalismo do racionalismo e da frieza que emposte a ti mesmo. Ou que a tua vida te impôs?
...
E eu pergunto-te, ou melhor nós perguntamo-nos, tu
perguntas-te. Qual é a diferença?
Sem comentários:
Enviar um comentário